Para as pessoas com deficiência auditiva e para a comunidade surda, setembro é um mês marcante com várias datas comemorativas.

Os dias 6 e 11 marcam um fato histórico no ano de 1880: O Congresso de Milão proibiu o uso internacional das Línguas de Sinais. Os integrantes do evento em sua maioria ouvintes declararam que a educação oralista era superior à de sinais, pois os gestos afetavam a fala, leitura labial e a clareza dos conceitos. 

Com a persistência do uso e uma nascente e incansável busca para legitimar as línguas de sinais, estas se estabeleceram.

No dia 23 é comemorado o Dia Internacional das Línguas de Sinais, instituída pela ONU após amplo debate e, marca o aniversário da criação da Federação Mundial dos Surdos, Ong presente em mais de cem países. 

No dia 26 é comemorado no Brasil o Dia Nacional dos Surdos por ser a data de inauguração do INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos em 1857 no Rio de Janeiro. 

No dia 30 é comemorado o Dia Internacional do Surdo e também do profissional intérprete tradutor.

A cor azul faz referência à um deplorável fato histórico: na segunda guerra mundial os nazistas amarraram nos braços das pessoas com deficiência fitas azuis por considerá-las e identificá-las como pessoas inferiores. 

Algumas curiosidades:

LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais é derivada tanto de línguas de sinais regionais quanto da língua gestual francesa.

A língua de Sinais não é universal. Existem variações e diferenças entre os países e cidades, dadas às peculiaridades regionais.

Nem todas as pessoas que possuem deficiência auditiva são chamadas de surdas e nem todo surdo se identifica como deficiente auditivo. Como a Libras é uma forma de comunicação, ela gera uma cultura em torno de si e da comunidade que a utiliza. 

Quem se identifica como surdo normalmente não gosta de ser chamado de deficiente auditivo e sim como uma pessoa que fala outra língua e que está inserida na comunidade surda.

Mas, existe quem se identifica como pessoa com deficiência auditiva sem necessariamente fazer uso da Libras. Essas pessoas não fazem parte da comunidade surda, pois não compartilham de sua cultura.

Em sua maioria são oralizados e fazem leitura labial para se comunicar com os ouvintes. 

Patrícia Silveira Assed  - AEB/Fonoaudióloga 
Escola Estadual de Educação Especial Antonio de Gouvêa Lima
Visconde do Rio Branco 

 

 

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